31 de março de 2011

Mudanças climáticas: a contribuição da cidade do Rio de Janeiro

Nas últimas quatro décadas, o Brasil viveu um processo de mudanças econômicas e sociais caracterizado pela modernização da economia e intenso fluxo migratório em direção aos principais centros urbanos do país, notadamente o Rio e São Paulo. Entretanto, essa urbanização acelerada resultou na ocupação desordenada do espaço urbano através de intervenções desconexas com intensa verticalização, compactação e impermeabilização do solo, supressão de vegetação e cursos dágua, e esse processo ainda teve uma outra agravante: não foi acompanhado de um planejamento de expansão de infraestrutura e de serviços, comprometendo tanto a qualidade de vida das populações quanto ao ambiente natural.

É fundamental que uma metrópole como o Rio de Janeiro promova a transformação desse modelo de exploração desordenada do meio ambiente, que além de produzir custos sociais danosos para a população e para o poder público, contribui de forma decisiva no aumento dos impactos resultantes das mudanças climáticas na cidade. Neste sentido, a atual administração municipal tem envidado esforços na execução de projetos e programas direcionados, principalmente, ao enfrentamento das mudanças climáticas, considerando além da dimensão ambiental, tecnológica e econômica, a dimensão cultural e política, que vai exigir a participação democrática de todos os segmentos da sociedade.

A cidade do Rio de Janeiro foi uma das primeiras no país a definir uma Política Municipal de Mudanças Climáticas e de Desenvolvimento Sustentável, iniciativa essa que consagrou o esforço conjunto do poder executivo com a Câmara de vereadores da cidade. A Lei estabelece metas de redução de emissões de gases do efeito estufa para os próximos anos (de até 8% em 2012, de até 16% em 2016, e de até 20% em 2020, em relação às emissões registradas em 2005). Agora está sendo regulamentada com a participação efetiva de todos os órgãos da administração municipal envolvidos direta ou indiretamente com os impactos climáticos, e o texto preliminar de sua regulamentação será disponibilizado na internet para consulta pública.

Foi também criado o Fórum Carioca de Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável composto por representativos segmentos do poder público, iniciativa privada e sociedade civil, cujo objetivo é contribuir na busca de soluções viáveis para adoção de políticas públicas visando reduzir as emissões de gases do efeito estufa.

O município do Rio de Janeiro foi pioneiro ao negociar compensações de emissões de gases do efeito estufa com a iniciativa privada, antecipando-se à definição dos marcos regulatórios nacional e internacional sobre o tema.

A política climática da cidade, coordenada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, vem sendo implementada através de uma moderna, ágil e intensificada atuação que envolve a transversalidade entre as diversas áreas da administração municipal e sólidas parcerias com instituições acadêmicas de excelência, através de ações compartilhadas, como projetos, pesquisas, e atividades inovadoras no setor gestão de resíduos sólidos, transportes, urbanismo, energia, defesa civil, entre outros, visando sempre à sustentabilidade e à mitigação e/ou adaptação das emissões dos gases estufa..

E dentre essas ações destacam-se:

Atualização do Inventário de Emissões de Gases do Efeito Estufa da Cidade(Prefeitura/Coppe); Mapa de Vulnerabilidades Climáticas (Prefeitura/Inpe);

Rio Capital Verde (plantio de mudas de espécie arbóreas em mais 1,5mil hectares até 2012, em áreas localizadas nas encostas da cidade para recuperar o ecossistema original da Mata Atlântica, regularização dos mananciais e a prevenção à ocupações irregulares,utilizando mão de obra local);

Rio Capital da Bicicleta (ampliação da atual rede de ciclovia – a segunda maior da América Latina - passando de150km para 300km);

Programa Gestão de Resíduos Sustentáveis e a Criação do Plano de Emergência da Cidade, sob a coordenação da Defesa Civil.

A Prefeitura do Rio está também executando uma série de projetos sustentáveis de grande porte e com significativo alcance em relação à redução dos gases do efeito estufa, como por exemplo: a construção do Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica, a implantação de três corredores viários: a Transcarioca, a Transoeste e a Transolímpica, totalizando mais 150km de extensão, onde os ônibus utilizarão combustíveis renováveis trafegando em pistas exclusivas. E a incorporação da dimensão climática no planejamento de toda malha viária da cidade. Outra iniciativa importante foi a criação do Centro de Operações Rio, utilizando tecnologia de última geração que reúne e consolida informações produzidas pela Prefeitura e por diversas instituições e que em muito contribuirá para os esforços visando a minimizar sensivelmente os impactos das mudanças climáticas na cidade.


Nelson Moreira Franco é gerente de
mudanças climáticas da Secretaria
Municipal do Meio Ambiente

28 de março de 2011

Bolsistas Seleção 2011 na Pós-Graduação em Mudanças Climáticas

Universidade Federal do Paraná
Programa de Educação Continuada
em Ciências Agrárias- PECCA






Resultado do Processo de
Seleção/2011 de Bolsistas para ingresso
na Pós-graduação em Mudanças Climáticas,
Projetos Sustentáveis e Mercado de Carbono

1 - Cristiano Rodrigues Reis
2 - Janainna Rodrigues Ribeiro
3 - Lia Amadio
4 - Mariana Espindola de Souza
5 - Natasha Choinski
6 - Simone de Castro Vianna

Curitiba, 11 de março de 2011.
Prof. Dr. Carlos Roberto Sanquetta
Coordenador da Pós-graduação em Mudanças Climáticas

Estudo de baixo Carbono para o Brasil - Resíduos


Após dois anos de trabalho, a CETESB e o Banco Mundial apresentam o resultado de uma cooperação que desenvolveu o primeiro Cenário de Baixas emissões de Carbono para o Brasil do setor de resíduos e efluentes. Neste documento, além da apresentação da situação do saneamento no Brasil, são enumeradas as principais técnicas de tratamento e disposição de resíduos e efluentes, alguns aspectos da legislação e da política de saneamento brasileiros, além dos principais programas na área de saneamento em vigor.

A expressão "Baixo Carbono" se refere às mudanças tecnológicas e comportamentais que devem ser induzidas pelo processo que visa mitigar as mudanças climáticas globais. Mantendo o desenvolvimento da economia mundial, a humanidade deve encontrar, dentre as tecnologias novas ou existentes, novos caminhos - aqueles de "Baixo Carbono", com emissões de GEE menores que as atuais. Com isso, deve ser implementado o desenvolvimento sustentável, que por ser de "Baixo Carbono", ameniza as mudanças climáticas globais. Na expressão, a palavra "Carbono", deve ser interpretada como sendo todos os gases de efeito estufa. Dentre eles, o Dióxido de Carbono - CO2 que é o mais abundante e, por simplificação, muitas vezes apresentado apenas como "Carbono". Assim, "Baixo Carbono" significa menores níveis de emissões dos GEE.

Nesse contexto, o tratamento de resíduos que emite gases de efeito estufa – GEE pode ter menores níveis de emissões contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas globais. No país, sem nenhuma interferência visando o Cenário de Baixo Carbono, há uma tendência de elevação dessas emissões de 63 para 99 [106tCO2e] (milhões de toneladas de CO2 equivalente) no período entre 2010 e 2030, o que significa um aumento percentual da ordem de 57%. O Cenário de Baixo Carbono avaliado pela CETESB mostra que, mantendo as condições de desenvolvimento e a um custo de 1 dólar por tonelada de CO2equivalente evitada, é possível evitar emissões no ano de 2030, passando das previstas 99 para 18 [106tCO2e], ou aproximadamente 80% de redução.

Lista Eletrônica de Debates: ozonio@cetesbnet.sp.gov.br

24 de março de 2011

Relação entre clima e agricultura é discutida em seminário

No evento promovido pelo Inmet, setor é apontado como um dos mais afetados pela mudança de clima e pelos desastres naturais no Brasil e no mundo.
Por Ana Rita Gondim

O impacto das mudanças climáticas na agricultura foi um dos temas abordados durante o seminário “Clima e você” promovido, nesta quarta-feira, 23 de março, pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em comemoração ao Dia Meteorológico Mundial. “Existe uma relação de correspondência entre o homem e o clima. A humanidade, com mais de seis bilhões de pessoas, é capaz de alterar o clima, aquecendo o planeta, e isso afeta suas atividades, como a agricultura”, explicou o diretor do Inmet, Antônio Divino Moura.

O aumento das ondas de calor no mundo tem influência direta na atividade agrícola com crescimento do registro de secas intensas ou chuvas em excesso. “É um aspecto crítico porque a atividade demora para se adaptar. O impacto é muito maior em função das ondas de calor do que em relação ao aumento da temperatura”, exemplifica Carlos Afonso Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério de Ciência e Tecnologia. Nobre também preside a Comissão de Coordenação de Atividades de Meteorologia, Climatologia e Hidrologia (CMCH) do ministério.

Para o presidente da Sociedade Brasileira da Meteorologia, José Carlos Figueiredo, a agricultura merece uma atenção especial com as previsões e observações do tempo. “O clima afeta qualquer atividade humana, desde a dona de casa cuidando do lar à pessoa que está viajando a turismo. E a agricultura principalmente”, afirmou. “O Inmet, desenvolve um papel de extrema relevância, contribuindo para o desenvolvimento sustentável de vários setores, entre eles, a agricultura. O instituto é referência no serviço tanto no Brasil como perante outros países”, acrescentou o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Milton Ortolan, que representou o ministro Wagner Rossi no seminário.

Desastres naturais
De acordo com o secretário Carlos Nobre, estudos mostram que todas as concentrações atmosféricas dos gases do efeito estufa vêm aumentando e isso provoca, entre outras consequências, aumento da temperatura, elevação do nível do mar e redução da neve no hemisfério norte.

“Não é uma prova absoluta, mas as estatísticas mostram, sem sombra de dúvida, que os desastres estão acontecendo com mais frequência”. Carlos Nobre chamou a atenção para a mudança de clima em várias partes do país, onde chove, por exemplo, mais de 50 mm por dia. “Já é uma coisa do dia a dia acompanhar as chuvas intensas no sudeste de São Paulo e Rio de Janeiro. Deixou de ser uma situação anormal”. Segundo ele, essa “normalidade” não se refere à perda de vidas humanas, mas ao desastre em si. “No Brasil, as inundações são o principal desastre natural. As fatalidades já acontecem em maior número, com os deslizamentos”, explicou.

Conforme os dados apresentados no seminário, um em cada um milhão de habitantes morria em desastres naturais no intervalo de 1970 a 2008. Hoje, o número subiu para onze. Segundo Nobre, então, há necessidade de converter alertas meteorológicos em alertas de desastres, como nos casos dos deslizamentos deste ano na região serrana do Rio de Janeiro. Para isso, servirá também o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, com implementação prevista para este ano no campus do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no município de Cachoeira Paulista.

História
O diretor do Inmet informou que o Instituto tem hoje, em sua sede, dois galpões para receber 12 milhões de documentos produzidos ao longo de cem anos, desde a época do Império, nos dez Distritos de Meteorologia (o Inmet completou 101 anos em 18 de novembro de 2010). Esse material é higienizado, escaneado e organizado para montar um arquivo nacional de dados. O primeiro distrito, com sede em Manaus, já enviou cerca de 70 caixas para dar início a tais procedimentos.

Para ele, resgatar esses dados é resgatar a história do clima no Brasil. Com isso, é possível traçar ações e prever desafios para a agricultura, por exemplo. “Com essas informações teremos um modelo realista do que aconteceu nos últimos anos e torna-se mais fácil uma adaptação da agricultura ao clima, que está mudando”, menciona.

Além do impacto do clima na agricultura, as palestras abordaram mudanças climáticas, avanços tecnológicos na meteorologia gerenciamento de risco de desastres naturais.

Saiba mais
O Dia Meteorológico Mundial marca os 61 anos de criação da Organização Meteorológica Mundial (OMM) como uma agência especializada das Nações Unidas para tratar do clima, do tempo e da água.



21 de março de 2011

Brasil construirá laboratório marítimo em plataforma desativada


Uma das propostas em discussão é viabilizar a primeira plataforma oceânica brasileira, um laboratório em alto mar voltado para pesquisas científicas e tecnológicas. A ideia foi apresentada aos pesquisadores pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, em simpósio, no fim de fevereiro, promovido na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília.

Estudos da Petrobras apontam para a possibilidade de aproveitamento da estrutura de plataformas de exploração de petróleo que estão sendo desativadas pela companhia, que podem ser convertidas para laboratórios científicos. No laboratório serão feitas pesquisas marinhas de alto nível relacionadas às correntes oceânicas, vida marinha, biotecnologia e geologia, sobretudo geologia do petróleo, em apoio à exploração do pré-sal.

Pesquisas oceanográficas

As discussões foram desenvolvidas a partir de três vertentes: Pesquisa e Desenvolvimento, Recursos Humanos e Aspectos Institucionais e Logística.

Ao final dos debates, o grupo chegou ao consenso de que um laboratório oceânico dessa natureza é importante para alavancar as pesquisas oceanográficas no Brasil, sendo um grande investimento, tanto do ponto de vista político-estratégico quanto científico.

Os cientistas prepararam uma série de sugestões, que serão apresentadas ao ministro como subsídio para desenvolvimento de pesquisas, formação e capacitação de recursos humanos em Ciências do Mar, utilizando a Plataforma Oceânica como base para os avanços das pesquisas.

Projeto Pirata

Outra iniciativa para facilitar a coleta de dados sobre o mar é o Projeto Pirata, implantado desde 1997.

Trata-se de uma cooperação entre Brasil, Estados Unidos e França, que trabalha com um conjunto de boias oceânicas ancoradas no Atlântico Tropical, tendo no Brasil a coordenação do INPE (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais), em parceria com a Marinha.

Os equipamentos mantêm registros diários dos valores de temperatura, de salinidade e de precipitação, dados utilizados para o estudo do clima e do oceano. "Essas boias são essenciais para entendermos de que forma o Oceano Atlântico Tropical afeta o clima do Brasil", ressalta o pesquisador titular do Inpe, Paulo Nobre.

O especialista reforça que o conhecimento na área é importante para se entender a influência do mar em ocorrências como grandes secas e inundações, cada vez mais intensas no País. "Essa variabilidade do clima sobre o Brasil é muito impactada pela dinâmica do Oceano Atlântico. O Oceano Atlântico era, até então, recentemente, um vazio de dados e de conhecimento, então essas boias visam sanar essa falta," sustenta.

Os dados são coletados pelas boias a cada hora e transmitidos por satélites brasileiros e europeus. 

As informações são processadas e disponibilizadas na internet, na página do Inpe e de outras instituições nos Estados Unidos e na França, e enviadas a centros de meteorologia para serem utilizados para as previsões de tempo e de clima.

No Brasil, o projeto é estruturado através do Comitê Nacional do Projeto Pirata, que conta com a presidência do Inpe e a participação da Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP), do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), entre outros.

Boias e sensores

A novidade é que o Projeto Pirata começa a trabalhar na consolidação e capacitação dos laboratórios de calibração de sensores na construção das boias no Brasil.

"Esse é um processo que, até então, vinha sendo feito pela NOAA (na sigla em inglês - Administração Oceânica e Atmosférica Nacional) nos Estados Unidos, e agora nós estamos dando mais esse passo que é para que todo o processo das boias - coleta dos dados, retirada anual do mar para calibrações - sejam feitas no Brasil", informa Nobre.

Os novos rumos do projeto, os investimentos e a operacionalização também já foram discutidos em uma outra reunião no Ministério da Ciência e Tecnologia.

Fonte: MCT

17 de março de 2011

IV Conferência Regional sobre Mudanças Globais

O Plano Brasileiro Para Um Futuro Sustentável


O evento é uma realização do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, da Rede Clima, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas e da Academia Brasileira de Ciências.

Será realizado no do dia 04 a 07 de abril de 2011, no Memorial da América Latina na Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 664 - Barra Funda. 



Mais informações



15 de março de 2011

Derretimento dos mantos de gelo pode acelerar aumento nos níveis oceânicos

Estudo desenvolvido pela NASA sugere que degelo na Antártida e Groenlândia pode ser maior contribuinte para avanço do nível do mar. 

O derretimento dos mantos glaciais pode estar ocorrendo mais cedo e mais rápido do que se esperara, aponta um estudo desenvolvido pela NASA. De acordo com a pesquisa, o degelo dos mantos glaciais (regiões cobertas de gelo com área superior a 50 mil km2, que atualmente só ocorrem na Antártida e na Groenlândia) tem sido maior do que o de geleiras alpinas (áreas de gelo encontradas em regiões altas e montanhas) e que o de calotas polares (regiões de gelo com superfície inferior a 50 mil km2). Isso significa que o aumento no nível dos oceanos pode ocorrer muito mais rapidamente do que previam modelos anteriores. 

O estudo, realizado entre 1992 e 2009, revelou que quantidades enormes de gelo derretido estão vertendo para os oceanos. O diagnóstico mostrou níveis recordes de perda de massa de gelo a partir de 1992. Segundo a pesquisa, os mantos de gelo perderam cerca de 475 bilhões de toneladas por ano, enquanto a média da perda de geleiras e calotas foi de 402 bilhões de toneladas anuais. Só a perda ocorrida nos mantos é suficiente para aumentar em 1,3 milímetros por ano o nível do mar. 

Além disso, a pesquisa indicou que a cada ano, a perda da massa de gelo ocorrida nos mantos acontece em uma velocidade maior. Na Antártica, o acréscimo na quantidade de gelo perdida por ano é de 14,5 bilhões de toneladas por ano, enquanto na Groenlândia esse aumento é de 21,9 bilhões de toneladas. No total, a perda dos mantos aumenta em 36,3 bilhões de toneladas em relação ao ano anterior. 

Eric Rignot, do Laboratório de Motores a Reação da NASA em Pasadena e da Universidade da Califórnia em Irvine, afirmou: ?que os mantos de gelo dominarão o futuro do aumento dos níveis do mar não é surpreendente ? eles possuem muito mais massa de gelo que as geleiras alpinas. O que é surpreendente é que o aumento dessa contribuição pelos mantos de gelo já esteja acontecendo?. 

Se essa tendência continuar, é provável que o nível do mar fique significativamente mais alto do que os níveis projetados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU em 2007. Nosso estudo ajuda a reduzir as incertezas nas projeções em curto prazo sobre o aumento do nível do mar?, acrescentou Rignot. 


A pesquisa realizada comparou duas técnicas de medição independentes. A primeira observa e compara dois tipos de dados: sons de eco, que medem a saída de gelo dos mantos, e o clima atmosférico regional, que quantifica o gelo que é adicionado aos mantos. A outra técnica utiliza oito anos de dados coletados pelos satélites da NASA, que rastreiam as mudanças ocorridas a cada minuto no campo gravitacional da Terra devido à distribuição de massa, incluindo o movimento do gelo. Ambas chegaram a resultados semelhantes sobre o derretimento dos mantos glaciais. 


Isabella Velicogna, do Laboratório de Motores a Reação da NASA, disse que ?as duas técnicas são totalmente independentes, então é uma grande conquista que os resultados sejam parecidos. Isso demonstra um tremendo progresso que tem sido feito em estimar quanto de gelo os mantos glaciais estão ganhando e perdendo e em analisar a variação dos dados gravitacionais?. 


Os autores da pesquisa concluíram que, se as taxas de degelo dos mantos glaciais continuarem assim pelas próximas quatro décadas, a perda cumulativa pode elevar o nível do mar em 15 centímetros até 2050. Além disso, deve considerar-se ainda uma contribuição de oito centímetros pelo derretimento de geleiras e calotas, e de nove centímetros pela expansão térmica dos oceanos, totalizando um aumento que poderia alcançar 32 centímetros. 


A NASA declarou que ?enquanto o estudo indica a potencial contribuição que os mantos de gelo podem ter o nível do mar no próximo século, os autores têm o cuidado de considerar que ainda há incertezas em estimar a futura aceleração na perda de gelo?. A pesquisa, da qual também participaram o Instituto para Pesquisa Marinha e Atmosférica, a Universidade Utrecht da Holanda e o Centro Nacional para Pesquisa Atmosférica de Boulder, Colorado, será publicada no jornal Geophysical Research Letters. 


Autor: Jéssica Lipinski 

10 de março de 2011

Como obter energia eólica, além das turbinas em terra

Ao redor do mundo, diversas empresas estão criando programas de geração de energia eólica que não se baseiam nas clássicas turbinas instaladas em terra firme

Atelier DNA

Um parque de energia eólica offshore, ou seja, aproveitando os ventos dos mares e oceanos: essa é a aposta do Google no quesito energias alternativas. A companhia entrou como sócia no projeto Atlantic Wind Connection, que liga usinas de energia eólica ao longo do oceano Atlântico. A capacidade do parque é de 6 mil MW de energia, um pouco menos de meia Itaipu (14 mil MW) e o sufi ciente para atender 1,9 milhão de residências. Outro projeto que pretende aproveitar o enorme potencial dos ventos para gerar energia é o das Windstalks, hastes que balançam ao vento e produzem a mesma energia que as tradicionais turbinas. Criadas pela empresa nova-iorquina de design Atelier DNA para a cidade projetada de Masdar, perto de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, as hastes são silenciosas, ocupam menos espaço e não oferecem riscos aos pássaros. O projeto ganhou o segundo prêmio Land Art Generator, promovido por Masdar para identificar os melhores projetos capazes de gerar energia renovável.





7 de março de 2011

Cursos de Formação Rápida PECCA

Estão abertas as inscrições para os cursos de Formação Rápida do Programa de Educação Continuada em Ciências Agrárias (PECCA) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) com apóio da Fundação Paranaense de Estudos Florestais (FUPEF).

Os cursos tem curta duração de 2 a 3 meses (60 e 90 horas/aula respectivamente) tem início no dia 14 de abril.

1 - SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA APLICADOS AOS RECURSOS NATURAIS
Valor do investimento: 4 parcelas de 245,00
Duração: 03 meses de aula (90 horas/aula)
Inscrições:  www.pecca.ufpr.br
Contatos: 41 33505696 / 3350 5787 / cursosig@ufpr.br

2 - PAISAGISMO PRODUTIVO
Valor do investimento: 3 parcelas de 250,00
Duração: 02 meses de aula (60 horas/aula)
Inscrições: www.pecca.ufpr.br
Contatos: 41 33505696 / 3350 5787 / paisagismoprodutivo@ufpr.br

3 - MERCADOS DERIVATIVOS FINANCEIROS DO AGRONEGÓCIO
Início dia: 27 de maio!
Valor do investimento: 3 parcelas de 300,00
Duração: 02 meses de aula (60 horas/aula)
Inscrições: www.pecca.ufpr.br
Contatos: 41 33505696 / 3350 5787 / cursoderivativos@ufpr.br

4 - ELABORACAO DE PROJETOD PARA MDL E CRÉDITO DE CARBONO
Valor de Investimento: 4 parcelas de R$ 320,00
Duração: 3 meses de aula (90horas/aula)
Inscrição: www.pecca.ufpr.br
Contatos: 41 33505696 / 3350 5787 / pcc@ufpr.br

5 - PRODUTOS FLORESTAIS NÃO MADEIRAVEIS  
Valor de Investimento: 4 parcelas de R$ 190,00
Duração: 3 meses de aula (90horas/aula)
Inscrição: www.pecca.ufpr.br
Contatos: 41 33505696 / 3350 5787 pfnm@ufpr.br

6 - RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
Valor de Investimento: 3 parcelas de R$ 320,00
Duração: 2 meses de aula (90horas/aula)
Inscrição: www.pecca.ufpr.br
Contatos: 41 33505696 / 3350 5787 / rad@ufpr.br

7 - AUDITORIA AMBIENTAL
Valor do investimento: 3 parcelas de 300,00
Duração: 02 meses de aula (60 horas/aula)
Inscrições: www.pecca.ufpr.br
Contatos: 41 33505696 / 3350 5787 / auditoriaambiental@ufpr.br


8 - LICENCIAMENTO AMBIENTAL E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS/EIA-RIMA
Valor do investimento: 3 parcelas de 295,00
Duração: 02 meses de aula (60 horas/aula)
Inscrições: www.pecca.ufpr.br
Contatos: 41 33505696 / 3350 5787 / licenciamentoambiental@ufpr.br

9 – MANEJO E INVENTÁRIO DE FLORESTAS PLANTADAS
Valor do investimento: 3 parcelas de 300,00
Duração: 02 meses de aula (60 horas/aula)
Inscrições: www.pecca.ufpr.br
Contatos: 41 33505696 / 3350 5787 / florestaplantada@ufpr.br
  
Maiores informações no site www.pecca.ufpr.br
Tel: (41) 3350-5787/(41) 3253-5569


3 de março de 2011

Taxa de carbono deve chegar à Austrália em 2012

A primeira-ministra australiana Julia Gillard anunciou, quinta-feira, que irá propor uma lei para forçar os grandes emissores do país a pagar por cada tonelada de dióxido de carbono libertado, já a partir de 1 de Julho de 2012.

Ainda não se sabe como irá ser implantada, apenas que será uma medida de transição antes da criação de um mercado de carbono na Austrália e que deverá durar entre três a cinco anos. Outra certeza é que o imposto não será cobrado na pecuária, um dos sectores com mais emissões, por causa da dificuldade em realizar medições.

O anúncio já provocou celeuma entre os segmentos industriais daquele que é o maior país exportador mundial de carvão, e promete ainda fazer correr muita tinta. A Austrália deverá chegar a 2020 com mais 24 por cento de emissões do que em 2000, ao ritmo actual. O governo pretende, ao colocar um preço para o carbono, reduzir em 5 por cento as emissões nos próximos 10 anos em relação aos níveis de 2000.