25 de julho de 2011

Calendário de Eventos


Para conhecimento de todos estaremos sempre divulgando os principais eventos da área!

Segue o folder do Congresso de Bioenergia que será realizado em Curitiba em agosto.


E também outros links de eventos:

Conferência Internacional Biodieselbr 2011: http://conferencia.biodieselbr.com/2011/


1st Brazilian BioEnergy Science and Technology Conference: 
http://bbest.org.br/

Ecoenergy - Feira Internacional de Tecnologias Limpas e Renováveis para a Geração de Energia: http://agroevento.com/agenda/ecoenergy/


AmbientalExpo 2011 - 3ª Feira Internacional de Equipamentos, Produtos, Serviços e Tecnologias Ambientais: http://www.ambientalexpo.com.br/pt-br/


III SIMBRAS - O Uso de Tecnologias Limpas e Agroenergia: http://www.simbras-as.com.br/


Petrotech - Feira Brasileira de Tecnologias para Indústria do Petróleo, Gás e Biocombustíveis: http://www.petrotech.com.br/



Atenciosamente,

Equipe de Tutoria
PECCA-UFPR
(41)3022-2297

8 de junho de 2011

São Paulo lança plano para diminuir efeitos das mudanças climáticas

O prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, lançou nesta quarta-feira (1º) um plano para que a maior cidade do país possa reduzir os efeitos do aquecimento global. As metas do plano estão no livro Diretrizes para o Plano de Ação da Cidade de São Paulo para Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas, apresentado no encontro do Grupo C40 de Grande Cidades.


Na publicação, estão descritas práticas de transporte, energia, construção e uso do solo, que serão incentivadas pela prefeitura. Segundo Kassab, o livro será o ponto de partida para o plano de desenvolvimento da capital paulista dos próximos 20 anos. “Esse estudo organiza nossas ações e projeta a cidade para o futuro, definindo prioridades para serem implantadas nos próximos 20 anos”, afirmou Kassab, no encontro que reúne os 17 prefeitos das maiores metrópoles do mundo e representantes de outras grandes cidades até o próximo dia 3.

O secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, afirmou que o plano é consequência da Lei de Combate às Mudanças Climáticas, em vigor na cidade de São Paulo desde 2009. As bases para a elaboração do plano vieram do trabalho do comitê de planejamento da cidade referente às questões do aquecimento global, criado pela lei municipal de mudanças climáticas.

Eduardo Jorge disse que ações já em curso constam do livro, assim como projetos que devem ser postos em prática. Segundo ele, muito do que está incluído ali foi idealizado em encontros anteriores do Grupo C40. “Isso é resultado também do esforço internacional de São Paulo”, afirmou o secretário. “Participamos do C40 desde 2005 e, desde então, estamos aprendendo.”

Nesta quarta-feira, Kassab e a vice-prefeita de Paris, Anne Hidalgo, assinaram um termo de cooperação que prevê o intercâmbio de informações e experiências voltadas à área da sustentabilidade. “São Paulo e Paris vão trocar informações para que nossos projetos sejam potencializados”, disse o prefeito paulistano. 

Fonte: Vinicius Konchinski/ Agência Brasil

1 de junho de 2011

EUA pede ajuda da China para lidar com mudanças climáticas


A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu no dia 09 de maio à China que trabalhe junto com Washington na elaboração do relatório sobre mudanças climáticas e afirmou que os dois países – os maiores responsáveis pela emissão de gás carbônico do globo – poderiam garantir, juntos, o êxito nas discussões da ONU.

“Espero que o diálogo estratégico e econômico anual, que se abriu nesta segunda-feira, em Washington, entre Estados Unidos e China, termine com a entrada em marcha do acordo de Cancún (México) e de seus Fundos Verdes para ajudar os países em desenvolvimento a enfrentar o desafio das mudanças climáticas”, disse a secretária durante uma sessão de trabalho nesta segunda-feira.
Segundo Hillary, Estados Unidos e China devem se unir para o acordo de Cancun. “Se os dois países trabalharem juntos, então poderemos dar um passo gigantesco adiante e fazer com que a próxima conferência sobre o clima da ONU, em Durban, na África do Sul, termine com sucesso”, afirmou.
Em dezembro de 2010, em Cancun, foi feito um pacto para a criação de um Fundo Verde para ajudar os países em desenvolvimento – um mecanismo de proteção das florestas tropicais, estabelecendo-se, ainda, reduções das emissões de CO2 e de garantias de que não haja lacunas entre o primeiro e o segundo período do Protocolo de Kyoto. 
Fonte: Portal iG

25 de maio de 2011

Sabesp reúne fornecedores para discutir mudanças climáticas

A  Sabesp promoveu, dia 05 de maio, um workshop direcionado a seus fornecedores estratégicos sob a ótica das mudanças climáticas, com o objetivo de apresentar-lhes o Carbon Disclosure Project Supply Chain (CDP) na cadeia de suprimentos e convidá-los a aderir à iniciativa. O projeto consiste em um esforço conjunto entre empresas e fornecedores para coletar informações relativas às emissões de gases de efeito estufa e avaliar os riscos das mudanças climáticas no âmbito dos negócios.

O evento, realizado no Auditório Tauzer Garcia Quinderé, na sede da Sabesp, contou com a presença do secretário-adjunto de Saneamento e Recursos Hídricos, Rogério Menezes, que parabenizou a empresa pela iniciativa. “Cumprimentamos a Sabesp por sua visão estratégica, com a implementação de uma agenda ambiental cada vez mais forte, trazendo a discussão também para a cadeia de suprimentos e para todos os seus parceiros”, disse.

Compras sustentáveis
O superintendente da Sabesp, de Suprimentos e Contratações Estratégicas , Álvaro Manuel Santos Mendes, por sua vez, apresentou uma palestra sobre compras sustentáveis, abordando os procedimentos adotados no âmbito das licitações tendo em vista a adoção de práticas socioambientalmente responsáveis.

Nesse sentido, falou sobre o caráter inovador da Sabesp no desenvolvimento das compras eletrônicas. Citou também o Programa de Otimização de Estoques, que visa ao maior aproveitamento dos suprimentos já adquiridos; o Catálogo de Materiais Socioambientais, que hoje já conta com 259 itens e tem outros 412 em avaliação; entre outros. “A Sabesp é a maior empresa de saneamento do Brasil: contratou, no ano passado, R$ 3 bilhões em obras, serviços e materiais e, por isso, tem uma capacidade enorme de influenciar o mercado de saneamento, favorecendo o desenvolvimento sustentável”, ressaltou.

Gestão ambiental e mudanças climáticas
Reafirmando a importância do tema, o superintendente de Gestão Ambiental da Sabesp, Wanderley da Silva Paganini, afirmou que a questão ambiental não deve ser encarada como modismo: é preciso que haja, de fato, uma mudança de cultura. “O equacionamento do passivo ambiental é essencial para os negócios, mas é a mudança de cultura que nos fará tomar as decisões corretas”, declarou.

Nesse contexto, salientou o importante papel dos fornecedores no combate às mudanças climáticas e em prol da qualidade ambiental. “Todos nós formamos uma cadeia fundamental que deve estar engajada em cuidar da saúde pública do nosso País”. Wanderley apresentou uma visão geral da gestão ambiental na Sabesp e as principais iniciativas adotadas pela empresa para a gestão de suas emissões de gases de efeito estufa.

Explicações sobre CDP Supply Chain

Para que os fornecedores pudessem conhecer mais a fundo o CDP na cadeia de suprimentos e entender seu funcionamento, a especialista Juliana Campos Lopes apresentou os principais objetivos da iniciativa e os resultados já alcançados.

O CDP, promovido por investidores institucionais globais, envia um questionário de disclosure sobre governança climática para as maiores empresas de capital aberto do mundo, visando adequar as futuras decisões de investimento na economia de baixo carbono. Em 2011, o projeto envolveu cinco mil corporações globais, presentes em 56 países, e 550 investidores globais, representando US$ 71 trilhões de ativos financeiros.

Falando especificamente sobre o CDP Supply Chain, salientou que o projeto oferece um ambiente ideal para a construção de parcerias consistentes e duradouras com os fornecedores, visando à identificação conjunta de novas oportunidades de negócio, advindas do fortalecimento de sua governança climática.

Segundo ela, o engajamento dos fornecedores é essencial, visto que cerca de 50% das emissões das empresas são provenientes de sua cadeia de suprimentos. “O aumento da emissão de gases de efeito estufa fazem com que a frequência de eventos extremos, como furacões, ciclones, enchentes e secas, cresçam cerca de 10% ao ano. Diante deste panorama, é preciso que todos se mobilizem para frear o avanço das mudanças climáticas”, relatou.

“Ao integrar as mudanças climáticas à sua estratégia, as empresas têm a oportunidade de se antecipar a um cenário regulatório mais restritivo e a tendência iminente de precificação do carbono; identificar gargalos de consumo de energia e novas oportunidades de negócio; posicionar‐se não só como parte do problema, mas sim como parte da solução das mudanças climáticas; e obter vantagem competitiva”, resumiu Juliana.

Como resultados da edição 2010 do CDP Supply Chain, apontou que 50% das grandes empresas e 25% dos seus fornecedores declararam ter alcançado redução de custos como resultado de atividades de gestão de carbono. Além disso, 86% das companhias apontaram benefícios comerciais em trabalhar com os seus fornecedores para melhorar a performance, além de aumentar seu retorno de investimento em mais de 46%.

O workshop foi encerrado com uma sessão de perguntas e respostas, na qual os fornecedores puderam sanar suas dúvidas com relação ao tema, facilitando sua adesão ao CDP na cadeia de suprimentos.
 
Confira as apresentações (PDF):
Fonte: SABESP

18 de maio de 2011

Inclusão e clima são escudos contra crise

UN Photo/Evan Schneider
Administradora-geral do PNUD afirma que fórmula de desenvolvimento passa por crescimento inclusivo e o combate às mudanças climáticas

Os países menos desenvolvidos – grupo formado pelas 48 nações mais pobres do mundo – precisam lidar com o binômio crescimento inclusivo e combate às mudanças climáticas para encontrar o caminho do progresso e se tornar mais resilientes aos choques externos, afirmou nesta terça-feira (10) a administradora-geral do PNUD, Helen Clark, durante a 4ª Conferência da ONU sobre os Países Menos Desenvolvidos, realizada em Istambul, capital da Turquia, entre 9 e 13 de maio.

Resiliência é a capacidade de um objeto retomar seu estado original mesmo após ser atingido por alguma força externa. Aplicado a um país, indica o poder de, depois de um choque causado por determinada conjuntura internacional, voltar ao ponto em que estava antes. Segundo Helen Clark, "fortalecer a resiliência (a choques externos) deve ser parte integrante da política de desenvolvimento e do planejamento dos países menos desenvolvidos."

A administradora do PNUD ressalta que os reflexos da crise global puderam ser percebidos na queda do PIB (Produto Interno Bruto) per capita e no aumento da pobreza, e lembra que a nova alta dos preços de alimentos pode minar os avanços em desenvolvimento humano.

Helen Clark completa que a solução para tornar esses países mais resistentes seria adotar medidas norteadas por dois princípios: promoção do crescimento inclusivo e combate a vulnerabilidades climáticas. "Medidas para melhorar a agricultura são especialmente importantes, pois o sucesso (dessas políticas agrícolas) sustenta o desenvolvimento econômico, a redução da pobreza, a segurança alimentar e subsistência para todos", afirma.

Ainda para fomentar o crescimento inclusivo, é importante gerar trabalho decente e definir investimentos em saúde, educação e infraestrutura física. Já a questão ambiental deve também ser prioridade para os governos das 48 nações mais pobres. "Em algumas estimativas, 40% de todas as mortes relacionadas a desastres naturais de todos os tipos durante o período de 2000 a 2010 estiveram nos países menos desenvolvidos", lembra Helen Clark.

Recuperar-se dos desastres requer dinheiro. No mesmo período, essas nações experimentaram recorde de perdas econômicas (US$ 14,1 bilhões no total), com Bangladesh e Mianmar em pior situação, ressalta a administradora do PNUD, afirmando que a melhor forma de combater as mudanças climáticas é investindo na redução do risco dos desastres.

"Forte apoio da comunidade internacional é importante, incluindo parcerias com os doadores tradicionais e agências multilaterais, e por meio do rápido crescimento da cooperação Sul-Sul e triangular", afirma Helen Clark.

Conferência
Durante a 4ª Conferência da ONU sobre os Países Menos Desenvolvidos foi lançado o relatório "Integração Regional e Desenvolvimento Humano: Caminho a ser Seguido na África".

O documento afirma que investimentos regionais integrados em matéria de energia, em conjunto com políticas que favoreçam os pobres, poderiam resultar em aumento acumulado de 10% no padrão de vida do continente africano entre 2012 e 2020.

"Agora se reconhece o potencial que a integração regional tem de promover um maior crescimento econômico", comentou Helen Clark. Os vínculos da região poderiam também ter um impacto positivo sobre o crescimento da renda e na redução da pobreza no âmbito nacional, ao oferecer melhor acesso aos serviços públicos e estabelecer políticas mais acertadas para a sustentabilidade do meio ambiente.

Segundo o relatório, laços regionais mais estreitos poderiam dar aos países menos desenvolvidos novas formas de políticas industriais e comerciais que levassem a uma maior variedade nos setores comerciais, pois a economia da maioria dessas nações depende, em grande medida, dos produtos agrícolas como algodão e café, além dos minerais.

Fonte: PNUD

11 de maio de 2011

Pacto das Nações Unidas já reúne três mil projetos de MDL


china
A iniciativa envolverá a instalação de 41 turbinas eólicas capazes de produzir 
até 49,5 mil megawatts de eletricidade/Foto:danishwindindustryassociation

Um acordo internacional que canaliza investimentos em tecnologias de energia limpa e redução de gases de efeito estufa em países em desenvolvimento registrou seu projeto de número 3000, segundo informou o secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC). Trata-se de uma iniciativa de energia eólica na Mongólia Interior, na China.
O projeto, enquadrado sob o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), da UNFCCC, deverá reduzir em mais de 100 mil toneladas por ano as emissões de dióxido de carbono (CO2), um dos gases de efeito estufa que mais contribui para as alterações climáticas geradas pela humanidade. A iniciativa envolverá a instalação de 41 turbinas movidas a vento, capazes de produzir até 49,5 mil megawatts de eletricidade.
“O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo ainda está evoluindo e vai continuar a fazê-lo. Mas do conceito original até agora, tem sido um sucesso que vai muito além das expectativas iniciais, não só no número de projetos, mas também na sua capacidade de atrair investimentos do setor privado para a melhoria de comunidades do mundo em desenvolvimento”, destacou a secretária-executiva da UNFCCC, Christiana Figueres.
O MDL foi fundado sobre o princípio de que cada projeto deve proporcionar uma redução real e transparente das emissões de carbono, de forma que contribua para o desenvolvimento sustentável. Cerca de 71 países (entre eles o Brasil) têm projetos do MDL. Além dos três mil registrados até agora, existem cerca de 2.600 outros projetos em vários estágios do processo de habilitação.
No âmbito do MDL, os projetos que reduzem emissões de gases de efeito estufa e contribuem para o desenvolvimento sustentável podem levar à emissão de créditos comercializáveis – os chamados certificados de redução emissões, ou RCE. Cada RCE equivale a uma tonelada de CO2. Até o momento, 1.039 projetos receberam um total de mais de 600 milhões de créditos de RCE, de acordo com a UNFCCC.

4 de maio de 2011

MMA e BNDES acertam detalhes de aplicação de recursos do Fundo Clima



Divulgação
Nas últimas semanas, técnicos do ministério e do BNDES estiveram reunidos para debater os detalhes da aplicação de R$ 233 milhões previstos no orçamento da União, que beneficiarão projetos para economia de baixo carbono no País
14/04/2011
Cristina Ávila
As cláusulas do contrato firmado entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e o Ministério do Meio Ambiente, para operar linhas de crédito do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC), deverão estar prontas em cerca de dois meses. Nas últimas semanas, técnicos do MMA e do BNDES estiveram reunidos para debater os detalhes da aplicação de R$ 233.727.463,00 previstos no orçamento da União, que beneficiarão projetos para economia de baixo carbono no País.
"Ainda temos que ajustar outros detalhes, como taxas de juros, para que comecem a ser publicados editais e chamadas públicas", informa Estevan Del Prette, gerente do Fundo Clima no MMA. Segundo ele, os créditos poderão ser operados diretamente pelo BNDES ou a instituição poderá repassar para serem operados pela Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil ou Banco do Nordeste.
O BNDES vai operar R$ 200 milhões a serem distribuídos como linhas de crédito reembolsáveis a governos, empresas públicas ou privadas em projetos de redução de emissões de gases de efeito estufa e também de adaptações a situações provocadas por mudanças do clima.
Os projetos podem beneficiar qualquer região brasileira. Há temas prioritários definidos pelo MMA, mas podem ser aprovadas propostas que não tenham sido previstas, desde que atendam a critérios de seleção. Para as linhas de crédito reembolsáveis, estão previstas verbas para transporte, energia renovável, combate a desertificação e limpeza urbana.
Estevan Del Prette observa que R$ 200 milhões serão repassados pelo Tesouro Nacional ao BNDES ainda em 2011. Mas a sua aplicação pelo banco (que como empresa pública não é submisso às regras do Sistema de Administração Financeira) não precisa ser neste ano. O dinheiro poderá ser gasto de acordo com cronogramas a serem firmados com os proponentes dos projetos.
Reembolsáveis - Poderão ser apresentados projetos nas áreas de infraestrutura de regiões metropolitanas de todo o País, com propostas diretamente oferecidas ao BNDES para modais de transporte e melhoria da mobilidade urbana. Nesses casos, os empréstimos terão carência de oito anos, para pagamento em até 25.
Há previsão, ainda, para o desenvolvimento tecnológico e cadeia produtiva de energia solar para todo o Brasil. Para esse tema, serão destinados empréstimos com oito anos de carência, e 15 para pagamento, por meio de editais para chamada de projetos a serem analisados pelo BNDES.
Nas regiões sem acesso ao sistema interligado de energia elétrica, especialmente no Nordeste, Norte e Centro-Oeste, estão previstas linhas de crédito para projetos de geração e distribuição local de energia renovável (eólica, solar, biomassa e marés). As propostas neste caso serão apresentadas diretamente pelo BNDES. A previsão é de empréstimos com carência de até oito anos e prazo de pagamento de até 15.
O Fundo Clima também tem orçados investimentos para fornos mais eficientes na produção de carvão vegetal. Esse é um dos vilões de danos ambientais e sociais. O objetivo são as regiões produtoras de ferro gusa, especialmente no Pará, Maranhão, Tocantins e Minas Gerais. Quando estiverem definidos os detalhes necessários para o chamamento, os projetos deverão ser apresentados para análise do BNDES. Os empréstimos para essa linha de crédito terão carência de cinco anos, com prazo de 12 para pagamento.
A indústria também terá acesso a crédito para a compra de máquinas e equipamentos com melhor eficiência energética. Estão previstas verbas para operações por meio de agentes financeiros do BNDES. Os empréstimos terão carência de dois anos e o pagamento deverá ser feito em oito anos.
Outro foco dos investimentos a serem financiados pelo Fundo Clima são as desertificações que ocorrem no Nordeste. Estão previstos recursos para iniciativas públicas e privadas, como viveiros de mudas nativas, revegetação de áreas de preservação permanente, produção de frutos, fibras e madeiras nativas. O BNDES vai analisar projetos, que terão carência de oito anos e 12 para pagar.
Energia - O Fundo Clima tem ainda linhas de crédito especiais para o setor de energia com uso de resíduos sólidos nas 12 capitais que sediarão jogos da Copa do Mundo, em 2014, e em suas regiões metropolitanas. Os empréstimos terão carência de cinco anos e até 15 anos para amortização.
Não reembolsáveis - Outros R$ 29.167.463,00 serão recebidos pelo MMA do Tesouro para aplicação direta pelo ministério em políticas do Plano Nacional de Mudanças do Clima, com linhas de crédito não reembolsáveis.
Para as populações mais vulneráveis do Nordeste, o Fundo Clima deverá publicar edital com previsão de R$ 4 milhões oferecidos a fundo perdido para o apoio à difusão de tecnologias premiadas em adaptação e mitigação de mudanças climáticas.
O combate à desertificação também terá recursos a fundo perdido. O orçamento da União prevê investimentos para o Nordeste, especialmente em municípios que fazem parte de estratégias dos Territórios da Cidadania. Serão destinados R$ 6 milhões para manejo florestal comunitário, pesquisa e desenvolvimento e difusão de tecnologias para melhor convívio com o semiárido. Serão realizadas ações por meio de termos de cooperação e planos de trabalho.
Mas o Brasil todo pode apresentar propostas. Para a prevenção de desastres naturais, o MMA vai disponibilizar R$ 5 milhões para as melhores propostas de campanhas educacionais para melhorar a disposição do lixo urbano. Quando estiverem prontos os detalhes a serem ainda formalizados pelo Fundo Clima, a contração será direta, por meio de licitação e também de convênios.
Outros R$ 2 milhões serão disponibilizados pelo MMA, por meio de chamadas públicas, para projetos de gestão pública a serem apresentados com o componente "adaptação" do Plano Nacional de Mudança do Clima. A contratação será direta, por meio de licitação. Também haverá R$ 10 milhões para gestão pública de sistemas de alerta contra desastres naturais, por meio de termo de cooperação.
Projetos de todo o Brasil também poderão ser apresentados para a aplicação de R$ 2 milhões, para mitigação dos efeitos de gases-estufa, por meio de sistemas de monitoramento de emissões em florestas e na agricultura.
Plano Anual de Aplicação de Recursos - 2011
Reembolsável: R$ 200.000.000,00
Não reembolsável: R$ 29.167.463,00
Pagamento ao agente financeiro: R$ 4.000.000,00
Gestão dos recursos e administração do Fundo: R$ 560.000,00
Total: R$ 233.727.463,00

Fonte: MMA

27 de abril de 2011

Emissão de CO2 cresce 58% em São Paulo em 18 anos



Principal fonte de emissões no Estado é o setor de energia, onde está inclusa a queima de combustíveis fósseis por automóveis


As emissões de gás carbônico no Estado de São Paulo cresceram 58% entre 1990 e 2008, de acordo com o inventário de emissões de gases de efeito estufa, divulgado dia 20 de março pelo governo do Estado. No período analisado, as emissões saltaram de 60,7 milhões de toneladas de CO2 para 95,7 milhões de toneladas de CO2.
A principal fonte de emissões no Estado é o setor de energia, onde está inclusa a queima de combustíveis fósseis pelo segmento de transportes. Em 2008, o setor energético foi responsável por emitir 85,3 milhões de toneladas de CO2. Entre 1990 e 2008, as emissões deste setor cresceram 51%. A segunda principal fonte de emissões em 2008 foi o setor industrial, com 12,2 milhões de toneladas de CO2. Entre 1990 e 2008, a variação deste setor saltou 260%.
O inventário de emissões de gases de efeito estufa do Estado de São Paulo é o ponto de partida para que sejam detalhadas as metas com que cada setor terá que se comprometer para o cumprimento da lei estadual de mudanças climáticas, aprovada pela Assembleia Legislativa em outubro de 2009 e regulamentada por decreto no ano passado. A lei número 13.798/2009 prevê que o Estado reduza suas emissões de gases que provocam o aquecimento global em 20% até 2020, com base nos dados de 2005.
Para cumprir a lei, o Estado precisará reduzir a emissão de cerca de 17,7 milhões de toneladas de CO2 até 2020, de acordo com os dados divulgados hoje. Esse número representa uma estimativa abaixo dos 28,6 milhões de toneladas de CO2 divulgados no ano passado. Segundo João Wagner, coordenador do Programa Estadual de Mudanças Climáticas (Proclima), a revisão ocorreu devido a uma nova estimativa dos gases de efeito estufa liberados pelas mudanças no uso do solo. "Isso se deve à área verde crescente em São Paulo, por meio de preservação de florestas, e maiores áreas de proteção permanente."
Dividido em cinco grandes áreas - energia, agropecuária, indústria, mudanças no uso da terra e resíduos -, o inventário seguiu a metodologia de medição de gases de efeito estufa do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês). "Não há como controlar a emissão de gases sem um inventário", disse Josilene Ferrer, secretária executiva do Proclima.
Fonte: Proclima

12 de abril de 2011

Dióxido de carbono aqueceu a Terra no passado, dizem cientistas

Processos de aquecimento global durando milhares de anos aconteceram durante a história com mais frequência que se imaginava previamente. A conclusão é de um estudo da Universidade da Califórnia de San Diego, nos EUA, publicado pelo jornal científico “Nature”.

Os pesquisadores afirmam que a liberação de volumes de dióxido de carbono que estavam isolados no fundo do oceano e seria o mais provável causador desses eventos “hipertermais”. A maior parte deles aumentou as temperaturas em entre 2° e 3°C, número comparável às estimativas conservadoras do aquecimento das próximas décadas, causado pela ação humana.

Eles chegaram a essa conclusão por meio da análise de sedimentos recolhidos na costa da América do Sul. Pela quantidade de argila acumulada no núcleo desses sedimentos, foi possível identificar que houve acidificação do oceano, o que é explicado pela presença de dióxido de carbono na água.

Na maioria das vezes, esses hipertermais duraram cerca de 40 mil anos. Eles ocorriam aproximadamente a cada 400 mil anos durante um período quente da história da Terra, há 50 milhões de anos. Por volta de 40 milhões de anos atrás, o planeta entrou numa fase de esfriamento e não houve mais eventos dessa magnitude.

“Esses hipertermais não parecem ter sido eventos raros, portanto há muitos exemplos antigos de aquecimento global numa escala que, de modo geral, é como o aquecimento esperado para o futuro. Podemos usar esses eventos para examinar o impacto da mudança global nos ecossistemas marinhos, no clima e na circulação dos oceanos”, afirmou Richard Norris, geólogo que é um dos autores da pesquisa.

Desde o século XVIII, o uso de combustíveis fósseis já aumentou em quase 50% as concentrações de dióxido de carbono. O estudo dos hipertermais do passado deve ajudar os cientistas a produzir estimativas de quando tempo será preciso para reverter as temperaturas aumentadas pelas atividades humanas.

“Num período de entre cem e 300 anos, fizemos um efeito sobre a Terra que levará dezenas de milhares de anos para ser equilibrado, a julgar pelo histórico geológico”, afirmou Norris.

 Fonte: G1

11 de abril de 2011

Emissões brasileiras de gases estufa aumentaram cerca de 60% entre 1990 e 2005

Quantidade de CO2 emitida passou de 1,4 para 2,19 gigatoneladas

26 de outubro de 2010 | 15h 07


Agência Brasil


Brasília - As emissões brasileiras de gases de efeito estufa aumentaram cerca de 60% entre 1990 e 2005, passando de 1,4 gigatoneladas para 2,192 gigatoneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente (medida que considera todos os gases de efeito estufa). O número foi apresentado hoje (26) pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, durante a reunião anual do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.
O novo inventário nacional de emissões será apresentado à Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas antes da próxima Conferência das Partes (COP), em novembro, em Cancún, no México. O balanço faz parte da Segunda Comunicação Nacional à Convenção – um relatório do que o Brasil tem feito para mitigar as causas e atenuar os impactos do aquecimento global.
O inventário anterior trazia os dados de 1990 a 1994. Para este ano, o compromisso assumido com a ONU era apresentar dados até 2000. Mas o governo brasileiro decidiu avançar e agregar números até 2005.
O desmatamento ainda é o principal vilão das emissões nacionais de gases de efeito estufa. O setor de mudança no uso da terra e florestas é responsável por 61% do total de emissões. A agricultura aparece em seguida, com 19% das emissões nacionais e o setor de energia é responsável por outros 15%.
O inventário também contabiliza emissões da indústria e do tratamento de resíduos, responsáveis por 3% e 2% do total nacional, respectivamente.
Rezende também apresentou uma estimativa das emissões brasileiras em 2009, que não será levada à ONU. Pelos cálculos, no ano passado, o Brasil teria emitido 1,775 gigatoneladas de CO2 equivalente, 33% a menos que em 2005. A queda, segundo o ministro, se deve principalmente à redução do desmatamento na Amazônia nos últimos anos, somada à manutenção do nível de crescimento de emissões nos outros setores.
Fonte: