A Sabesp promoveu, dia 05 de maio, um workshop direcionado a seus fornecedores estratégicos sob a ótica das mudanças climáticas, com o objetivo de apresentar-lhes o Carbon Disclosure Project Supply Chain (CDP) na cadeia de suprimentos e convidá-los a aderir à iniciativa. O projeto consiste em um esforço conjunto entre empresas e fornecedores para coletar informações relativas às emissões de gases de efeito estufa e avaliar os riscos das mudanças climáticas no âmbito dos negócios.

O evento, realizado no Auditório Tauzer Garcia Quinderé, na sede da Sabesp, contou com a presença do secretário-adjunto de Saneamento e Recursos Hídricos, Rogério Menezes, que parabenizou a empresa pela iniciativa. “Cumprimentamos a Sabesp por sua visão estratégica, com a implementação de uma agenda ambiental cada vez mais forte, trazendo a discussão também para a cadeia de suprimentos e para todos os seus parceiros”, disse.
Compras sustentáveis

O superintendente da Sabesp, de Suprimentos e Contratações Estratégicas , Álvaro Manuel Santos Mendes, por sua vez, apresentou uma palestra sobre compras sustentáveis, abordando os procedimentos adotados no âmbito das licitações tendo em vista a adoção de práticas socioambientalmente responsáveis.
Nesse sentido, falou sobre o caráter inovador da Sabesp no desenvolvimento das compras eletrônicas. Citou também o Programa de Otimização de Estoques, que visa ao maior aproveitamento dos suprimentos já adquiridos; o Catálogo de Materiais Socioambientais, que hoje já conta com 259 itens e tem outros 412 em avaliação; entre outros. “A Sabesp é a maior empresa de saneamento do Brasil: contratou, no ano passado, R$ 3 bilhões em obras, serviços e materiais e, por isso, tem uma capacidade enorme de influenciar o mercado de saneamento, favorecendo o desenvolvimento sustentável”, ressaltou.
Gestão ambiental e mudanças climáticas

Reafirmando a importância do tema, o superintendente de Gestão Ambiental da Sabesp, Wanderley da Silva Paganini, afirmou que a questão ambiental não deve ser encarada como modismo: é preciso que haja, de fato, uma mudança de cultura. “O equacionamento do passivo ambiental é essencial para os negócios, mas é a mudança de cultura que nos fará tomar as decisões corretas”, declarou.
Nesse contexto, salientou o importante papel dos fornecedores no combate às mudanças climáticas e em prol da qualidade ambiental. “Todos nós formamos uma cadeia fundamental que deve estar engajada em cuidar da saúde pública do nosso País”. Wanderley apresentou uma visão geral da gestão ambiental na Sabesp e as principais iniciativas adotadas pela empresa para a gestão de suas emissões de gases de efeito estufa.
Para que os fornecedores pudessem conhecer mais a fundo o CDP na cadeia de suprimentos e entender seu funcionamento, a especialista Juliana Campos Lopes apresentou os principais objetivos da iniciativa e os resultados já alcançados.
O CDP, promovido por investidores institucionais globais, envia um questionário de disclosure sobre governança climática para as maiores empresas de capital aberto do mundo, visando adequar as futuras decisões de investimento na economia de baixo carbono. Em 2011, o projeto envolveu cinco mil corporações globais, presentes em 56 países, e 550 investidores globais, representando US$ 71 trilhões de ativos financeiros.
Falando especificamente sobre o CDP Supply Chain, salientou que o projeto oferece um ambiente ideal para a construção de parcerias consistentes e duradouras com os fornecedores, visando à identificação conjunta de novas oportunidades de negócio, advindas do fortalecimento de sua governança climática.
Segundo ela, o engajamento dos fornecedores é essencial, visto que cerca de 50% das emissões das empresas são provenientes de sua cadeia de suprimentos. “O aumento da emissão de gases de efeito estufa fazem com que a frequência de eventos extremos, como furacões, ciclones, enchentes e secas, cresçam cerca de 10% ao ano. Diante deste panorama, é preciso que todos se mobilizem para frear o avanço das mudanças climáticas”, relatou.

“Ao integrar as mudanças climáticas à sua estratégia, as empresas têm a oportunidade de se antecipar a um cenário regulatório mais restritivo e a tendência iminente de precificação do carbono; identificar gargalos de consumo de energia e novas oportunidades de negócio; posicionar‐se não só como parte do problema, mas sim como parte da solução das mudanças climáticas; e obter vantagem competitiva”, resumiu Juliana.
Como resultados da edição 2010 do CDP Supply Chain, apontou que 50% das grandes empresas e 25% dos seus fornecedores declararam ter alcançado redução de custos como resultado de atividades de gestão de carbono. Além disso, 86% das companhias apontaram benefícios comerciais em trabalhar com os seus fornecedores para melhorar a performance, além de aumentar seu retorno de investimento em mais de 46%.
O workshop foi encerrado com uma sessão de perguntas e respostas, na qual os fornecedores puderam sanar suas dúvidas com relação ao tema, facilitando sua adesão ao CDP na cadeia de suprimentos.
Confira as apresentações (PDF):
Fonte: SABESP
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