7 de fevereiro de 2011

Eficiência energética: mais espaço para solar



Considerar o uso da fonte solar, tanto para o aquecimento de água, como para a geração alternativa de energia elétrica. Esta é uma das propostas que a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) enviou ao Ministério de Minas e Energia (MME) como contribuição à minuta do Plano Nacional de Eficiência Energética (PNEf), que o governo pretende lançar ainda no primeiro semestre deste ano. Em janeiro, a entidade instalou o Grupo Setorial de Sistemas Fotovoltaicos com o objetivo de incrementar a cadeia produtiva da geração solar fotovoltaica.
No caso do uso da energia solar para aquecimento de água, a Abineee propõe a revisão do texto considerando uma opção tecnológica mais moderna e mais viável, que é o chuveiro híbrido solar (união do chuveiro elétrico com o aquecedor solar, sem fonte de aquecimento no reservatório de água). A Abinee usou como base estudo elaborado pelo CIRRA (Centro Internacional de Referência em Reuso de Água), entidade vinculada à Escola Politécnica da USP, que coloca o sistema híbrido como a opção mais econômica, quando levado em consideração os gastos com energia elétrica e água.
Para a geração alternativa a partir da fonte solar, a proposta da Abinee é para destacar as opções de geração distribuída existentes, em especial, a partir de soluções fotovoltaicas. No quesito eficiência energética, a associação defende que os programas Procel e Conpet tenham fontes de recursos dimensionadas. Veja abaixo as outras propostas da Abinee:
- possibilitar maior participação das indústrias na utilização dos recursos destinados para Pesquisa e Desenvolvimento, em especial, quando em projetos de eficiência energética;
- inserir os conceitos básicos de eficiência energética na formação dos professores de ensino fundamental e do ensino médio, bem como, nos currículos das disciplinas de ciências, em especial, dentro dos temas ligados ao meio ambiente;
- inserir nas licitações públicas a questão da sustentabilidade (como já definido em Instrução Normativa do Ministério de Planejamento e Orçamento) e seus requisitos de eficiência energética, por meio da utilização de produtos referenciados nos programas (ex: Procel, Conpet, PBE entre outros) contemplados no Plano Nacional de Eficiência Energética;
- consolidar metodologia de avaliação dos resultados das ações de eficiência, para harmonizar procedimentos e permitir que os usuários possam avaliar as soluções contratadas e utilizar o MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (compra e venda de crédito de carbono).

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